DIFICULDADE: Médio
CUSTO: BaixoDOSES: 12 Pessoas
Foto de Nelson Silva |
INGREDIENTES:
BASE:
125g de manteiga
1 pacote de bolacha maria
RECHEIO:PREPARAÇÃO:
1 embalagem de queijo mascarpone
2 pacotes de natas
5 folhas de gelatina
1 lata de leite condensado cozido
1 frasco de geleia de Medronho 220gr ALMA DA NOSSA GENTE
3 folhas de gelatina
BASE:
Triture as bolachas, junte a manteiga e amasse tudo com as mão. Espalhe o preparado numa forma de aros e leve ao frigorífico durante uma hora.
RECHEIO:
Coloques as folhas de gelatina num pouco de água fria.
Bata as natas até ficarem bem firmes e de seguida adicione aos poucos o leite condensado cozido, por último adicione o queijo mascarpone. Escorra as 5 folhas de gelatina e desfaça-as num pouco de água quente. Junte ao preparado anterior misturando bem. Verta o preparado para a forma com a base de bolacha e leve ao frigorífico.
Dissolva a geleia de medronho em um pouco de água, escorra as 3 folhas de gelatina, desfaça-as num pouco de água quente e junte à geleia, espalhe 1/4 da geleia de medronho sobre o preparado do cheesecake para que este "afunde", reserve o restante mais uns minutos para ganhar consistência e não afundar no preparado, espalhe sobre o cheesecake de forma uniforme. Leve novamente ao frigorífico até ao momento de servir
Bom apetite!
SABIA QUE!
O medronheiro era já referenciado pelos romanos que o terão denominado Arbutus unedo. Virgílio, apelidava esta pequena árvore, muito frequente em Itália, de arbustus.
Plínio e os seus contemporâneos romanos designavam-na por unedo, de unum edo, que significa comer um só, talvez devido à sensação de embriaguez que provocava comer muitos frutos.
Tal sucedia sobretudo se estes já estivessem em processo de fermentação, como muitas vezes sucede. De nome científico é Arbutus unedo L., pertence à família das ericáceas, onde se incluem as urzes, os mirtilos, os arandos, a urvaursina, entre outras. Em Portugal, é ainda conhecido como ervedeiro, ervedo, ervodo ou medronheiro comum. O medronheiro é um arbusto lenhoso muito comum em toda a região mediterrânica.
Na realidade, pode considerar-se uma pequena árvore, pois nalguns locais chegar a atingir cerca de 10 metros de altura, sendo no entanto o seu porte médio de entre quatro a cinco metros. Existe em quase toda a Europa Meridional em terrenos áridos e siliciosos, em bosques e matas e é muito comum na Serra de Sintra e nas serras algarvias. Expandiu-se também para a Austrália, para África e para a Irlanda.
Apresenta um tronco tortuoso, erecto e ramos avermelhados, folhas persistentes, coriáceas e serrilhadas, flores campanuladas, brancas ou cor de rosa, que florescem anualmente entre outubro e fevereiro. Os frutos maduros são muito redondos e vermelhos, com saliências piramidais que se assemelham a morangos, daí os ingleses a conhecerem pelo nome de strawberry tree. Estes frutos colhem-se habitualmente no fim do outono.
A madeira fina é muito apreciada no fabrico de objetos torneados, para embutidos e marcenaria, sendo fácil de trabalhar e polir. Além disso, a sua lenha é muito boa para aquecimento produzindo um excelente carvão.
Composição
Contém até 2,7 de arbutina, metuilarbutina e outras hidroquinonas (um princípio amargo) e taninos. A arbutina é antissética para o aparelho urinário. Esta árvore foi outrora muito popular devido aos bons resultados obtidos, nomeadamente no tratamento da sífilis, que afetou bastante os homens no século passado.
Atualmente, ainda se utiliza para tratar infeções do aparelho urinário, pois tem uma ação bastante adstringente e antissética sobre as vias urinárias, tornando-se útil em casos de cistites e uterites, mas também para a limpeza do sangue e para o tratamento de diarreias e desinteria e para infeções da boca e da garganta. Deve-se, aliás, gargarejar com uma infusão feita com as folhas frescas ou secas.
Pode utilizar as folhas, em infusão ou as raízes em decoção, deixando ferver cerca de dois minutos, seguidos de cinco minutos de infusão. Deve ser tomada entre as refeições ou ao deitar como depurativo. Os frutos têm sabor farináceo, ligeiramente agridoce, muito utilizado no fabrico de licores, e especialmente destilados na famosa aguardente de medronho, tão apreciada pelos especialistas.
O medronho na culinária
Além do fabrico de licores e aguardente, os frutos vermelhos do medronho ficam excelentes em fondue de chocolate, compotas, azevias e outras iguarias que a criativa imaginação culinária queira. Para incentivar os produtos locais e dar um pouco mais de vida ao interior da Serra do Caldeirão, mais específicamente a São Bernabé, a Câmara Municipal de Almodôvar tem vindo a desenvolver o festival do medronho e do cogumelo, onde se dão a conhecer as várias iguarias locais fabricados com produtos da serra quase sempre ainda de uma forma antiga e artesanal que vai sobrevivendo apesar das várias entraves legislativas.
No jardim
O medronho é uma árvore bastante utilizada como decorativa, apesar de ser de crescimento lento. É muito resistente, tem um período de floração muito longo, as suas flores são muito apreciadas pelas abelhas que lhes retiram um pólen de excelente qualidade.
Receita de licor
Para um litro de aguardente, use 250 gramas de açúcar mascavado, 750 gramas de medronhos e um pouco de canela moída ou pau de canela. Misture tudo. Esta preparação deverá macerar durante 15 dias em lugar fresco e escuro.
FONTE: http://lifestyle.sapo.pt/